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SUGESTÃO DE LEITURA: VAI VENDER (por Narciso Machado) Ed. Landscape

Sou vendedor. Sempre fui, desde 14 anos de idade. Comecei em Porto Alegre, vendendo bugigangas e jornais para ajudar em casa.
A minha grande vantagem e, diferencial competitivo sempre foi gostar de ler, até hoje leio muito, até bula de remédio.
O gosto pela leitura e a facilidade para comunicação me ajudaram a subir postos na carreira de vendas.
Posso dizer que tive sorte, associada a conhecimento armazenado pelo vício da leitura e preparo apropriado.
Aos 19 anos já estava ajudando o Presidente de uma multinacional italiana a entender a cultura e os hábitos do povo brasileiro.
Ele veio para o Brasil ver porque o planejamento estratégico da empresa não dava certo aqui.
Aprendi a vender o que tinha armazenado, conhecimento e cultura.
Aos 24 anos já tinha três grandes empresas multinacionais como clientes.
Fiquei bobo, o sucesso subiu para a cabeça. Aos 25 anos perdi tudo.
Aconteceu uma "crise" na economia brasileira, muitos planos e projetos tiveram que ser rasgados, queimados e, muita gente perdeu cargos e posições nas empresas. Muitas empresas brasileiras pediram concordata e algumas fecharam as portas.
Eu fui à falência. Perdi tudo que havia comprado, escritório, móveis e carro.
Recomecei como vendedor de serviços. Vendia recuperação de empresas.
Deu certo.
Aprendi que na crise você precisa mostrar que é diferente.
Quem fica reclamando não agrega valor.
Estava quebrado, falido e sem dinheiro.
Encontrei um amigo que me deu um texto para ler (de novo a leitura).
No texto tinha uma frase que guardo e pratico ate hoje: "Para ser, aja como se fosse".
A sabedoria que existe nesta frase é algo de impressionante.
Para ser um falido deprimido, aja como se fosse e o mundo inteiro vai se afastar de você.
Mas por outro lado para ser alguém de sucesso, aja como se fosse e as pessoas vão querer ficar perto de você.
Para reiniciar eu tinha como estoque estratégico conhecimento, cultura e informação. Faltavam clientes? Onde estão?
Um amigo me disse no aeroporto:
Muitos empresários que estavam bem de negócios embarcavam no vôo da Varig que saia as 07:00 horas de Porto Alegre para São Paulo, iam fazer negócios.
Eu lembrei da frase: "Para ser, aja como se fosse".
Vesti a minha melhor roupa, coloquei gravata, pasta de executivo na mão e cartões de visita no bolso.
Saia as 04:30 horas da manhã, não tinha carro, pegava o ônibus da empresa Navegantes, linha cinco, que passava no aeroporto. Chegava as 05:00 da manhã.
As 06:00 horas começavam a chegar os empresários.Eu mentalizava a frase: "Para ser, aja como se fosse".
Conversava com um, trocava idéias com outro. Tomava cafezinho com outros.
Quando me perguntavam, você está indo para São Paulo? Eu dizia:
No vôo da Vasp das 09:00 horas, cheguei mais cedo para conversar com os amigos.
E, assim foram 3 semanas.
No final da terceira semana um empresário se aproxima de mim e diz:
- Você vai seguido para São Paulo?
- Sim, no vôo das 09:00 horas respondi. Prá saber o resto tem que comprar o livro...

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